sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Perigo: Aditivos alimentares

    Os alimentos industrializados estão abusando da quantidade de aditivos, o que pode provocar inúmeros problemas de saúde – principalmente em crianças.

    O Ministério da Saúde define que "Aditivo para alimentos é toda substância intencionalmente adicionada ao mesmo com finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades, desde que não prejudique seu valor nutritivo." Na legislação brasileira são doze as categorias (classes funcionais) de aditivos: acidulantes, antiespumantes, antioxidantes, antiumectantes, aromatizantes, conservadores, corantes, edulcorantes artificiais, edulcorantes naturais, espessantes, estabilizantes, umectantes.

    Para o consumidor, porém, o que é apresentado nas embalagens é uma verdadeira "sopa" de letras e números (P.I, EPX, A-I, CT II, etc.) de difícil compreensão para o público leigo que compõem a quase totalidade dos consumidores. Considerando que o Código do Consumidor garante a este o direito a uma informação clara e precisa no rótulo a respeito do que contém o alimento, ainda há muito que se reivindicar nessa área.

    O risco dos aditivos à saúde é comprovado por uma série de estudos científicos. Estudos apontam reações adversas

    aos aditivos, quer seja aguda ou crônica, tais como reações tóxicas no metabolismo desencadeantes de alergias, de alterações no comportamento, em geral, e carcinogenicidade, esta última observada a longo prazo.

    Há públicos que são ainda mais vulneráveis ao consumo dos aditivos. É o caso de gestantes, idosos, pessoas que têm alimentação pouco variada e, principalmente, crianças menores de três anos. Nesse sentido, vale ressaltar que as crianças

    apresentam maior suscetibilidade às reações adversas provocadas pelos aditivos alimentares uma vez que podem ser consideradas as maiores consumidoras desses produtos.

    A criança apresenta imaturidade fisiológica, que prejudica o metabolismo e a excreção dessas substâncias. Além disso não tem capacidade cognitiva para controlar um consumo regular tal como deveria fazer um adulto.

    Alguns aditivos alimentares são capazes de provocar reações alérgicas, que culminam em quadros de asma brônquica, rinite e urticária. Os aditivos que mais possibilitam essa reação são:

  • Tartazina

  • Amarante

  • Ponceau 4R

  • Eritrosina

  • Verde ácido brilhante

  • Galatos

  • Glutamato monossódico

  • Ácido benzóico, benzoato de sódio e outros derivados de ácido sulfídrico e sulfitos.

    • O que você pode fazer??

      Quanto mais industrializado o produto, mais aditivos químicos ele terá. Por isso, o ideal é que você prepare os produtos frescos em casa. Como isso nem sempre é possível, veja nossas dicas para diminuir o consumo de aditivos:

  • Leia o rótulo e escolha os produtos com menos aditivos. Esta informação está na lista de ingredientes, que é apresentada em ordem decrescente de concentração no produto.
  • Prefira alimentos simples, menos industrializados e procure prepará-los em vez de utilizar produtos produzidos industrialmente.
  • Consuma embutidos com moderação e esporadicamente.
  • Não coma alimentos fortemente aromatizados e reaprenda a apreciar o sabor dos alimentos simples.
  • Evite produtos com cores muito vivas, que revelam a presença de corantes.
  • Não abuse dos edulcorantes (adoçantes).

            Veja, a seguir, os 12 aditivos sintéticos mais comuns, que devem ter um consumo restrito ou evitado e seus riscos para a saúde humana:

            1. Gorduras Hidrogenadas: riscos de doenças cardiovasculares e obesidade.

            2. Corantes Artificiais para alimentos: alergias, asma, hiperarividade, possibilidade de serem substâncias carcinogênicos (que induzem o aparecimento de cânceres).

            3. Nitritos e Nitratos: essas substâncias podem gerar nitrosaminas no organismo, que podem ser cancerígenas.

            4. Sulfitos (dióxido de enxofre, metabisulfito, e outros): reações alérgicas e asmáticas.

            5. Açúcares e Adoçantes: obesidade, cáries, diabetes, hipoglicemia, incremento de triglicerídeos (gordura na corrente sanguínea) ou candidíase.

            6. Adoçantes artificiais (Aspartame, Acesulfame K e Sacarina): problemas de comportamento, hiperativiade, alergias e possivelmente carcinogênicos. O governo desaconselha o uso de adoçantes artificiais para crianças e mulheres grávidas. Qualquer pessoa com fenilcetonúria (com incapacidade para metabolizar o aminoácido "fenilalanina" presente nas proteínas) não deve usar o aspartame.

            7. Glutamato monosódico: alergias e reações como dores de cabeça e depressão, também pode agir como uma neurotoxina.

            8. Conservantes (Butil Hidroxitolueno – BHT; Butil Hidroxianisol – BHA; Cálcio Dissódico – EDTA, entre outros): reações alérgicas, hiperatividade, possibilidade de causar câncer. O BHT pode ser tóxico para o sistema nervoso.

            9. Flavorizantes Artificiais: alergias e alterações no comportamento.

            10. Farinhas refinadas: baixo teor de calorias, desbalanceamento de carboidratos, alterações na produção de insulina.

            11. Sal (excesso): retenção de líquidos no corpo e aumento da pressão arterial.

            12. Olestra (um tipo de gordura artificial): diarréia e distúrbios digestivos.

            Fonte: http://www.scielo.br/pdf/csp/v25n8/02.pdf

            http://www.proteste.org.br/alimentacao/perigo-no-abuso-de-aditivos-alimentares-s484281/dossies-p168886.htm

            Um comentário:

            1. Carla obrigada pela visita. A matéria está bem interessante! Poderia está citando-a no [Dicas de Nutrição] com todos os créditos? Aguardo respostas - contato@dicasdenutricao.com

              Abraços e ótimo final de semana!

              ResponderExcluir